•   

Lean IT

 
  • Login
  • Cadastre-se
  • Receba nossos informativos

(11) 2528-2354

contato@leanti.com.br

  •   
  • A Empresa
    • Sobre Nós
    • Sistema Toyota de Produção
    • Saiba mais sobre Lean
    • O que é Lean IT?
    • Framework Lean TI
  • CONSULTORIA
    • Assessment (diagnóstico)
    • Consultoria Lean
    • Consultoria Business Agility
    • Consultoria Lean Agile
    • Consultoria Lean Healthcare
    • Consultoria Lean BIM
    • Consultoria em Planejameto Estratégico
    • Consultoria LGPD
    • Consultoria em ESG
    • Consultoria em Transformação Digital
    • Gestão de Crise
    • Body Shop em TI e Agilidade  Body Shop em TI e Agilidade
    • Plano de continuidade de negócios
    • Palestras sobre lean
  • LGPD
  • TREINAMENTOS
  • CERTIFICAÇÃO LEAN
    • Certificação Lean IT
    • Certificação Value Stream Manager
    • Certificação Agile Kata Professional
  • Conteúdo
    • Artigos (todos)
    •   De conceitos gerais
    •   De estratégia
    •   De desenvolvimento
    •   De cotidiano
    •   De melhoria contínua
    • Lean IT na mídia
    • Videos
  • Clientes
  • Softwares
    • ESG Score (Gestão em ESG)
    • Software de OKR
    • Desenvolvimento de Software
  • Contato

Aplicação de alguns princípios do Kanban em Lean TI

  • Você está aqui: 
  • Artigos  
 

Por: Rodrigo Aquino     25907 visualizações     Tempo leitura: 8 min

O Kanban (“cartão visual”) é o método de operação do Sistema Toyota de Produção. Ele começou a ser utilizado em 1953 e seu inventor Taiichi Ohno, o descreve como: um nervo autonômico na linha de produção. Com ele os operários passam a trabalhar por eles mesmos e tomar suas próprias decisões. O Kanban normalmente é representado por um pedaço de papel dentro de um envelope de plástico retangular. A informação contida dentro dele pode ser dividida em três categorias: de coleta, de transferência e de produção. As funções do Kanban são basicamente:

1) Fornecer informação sobre apanhar e transportar
2) Fornecer informação sobre a produção
3) Impedir a superprodução bem como o transporte excessivo
4) Servir como uma ordem de fabricação que deve estar junto às mercadorias
5) Impedir produtos com defeito
6) Revelar problemas e controlar o estoque
A figura 1 mostra um exemplo de um Kanban utilizado pela Toyota.

Exemplo de Kanban utilizado pela Toyota
Figura 1. Exemplo de Kanban utilizado pela Toyota.
Fonte: Ohno, T. (1997), O Sistema Toyota de Produção (p. 46). Porto Alegre: Bookman.

A figura 2 ilustra um exemplo bem simples e esclarecedor de seu funcionamento na produção de veículos. Quando o automóvel número 20 entra na linha de montagem, um operário prende nele uma ordem de produção (Kanban) indicando qual tipo de veículo ele é. A medida que o automóvel percorre a linha, outros Kanbans são gerados e enviados antecipadamente para os sub processos E,D,C,B e A. Os componentes resultantes dos sub processos são montados em sequência, de forma que se encaixem respectivamente no veículo que solicitou sua produção no momento certo (nem antes para não gerar estoque, nem depois para não interromper o fluxo da produção). Conclui-se que o Kanban tem por finalidade suportar o Just-in-time (fazer apenas o necessário quando necessário).


Exemplo do método Kanban utilizado pela Toyota
Figura 2. Exemplo simplificado da utilização do método Kanban.
Fonte: Ohno, T. (1997), O Sistema Toyota de Produção (p. 67). Porto Alegre: Bookman.

Segundo Taiichi Ohno, mais de 200.000 veículos saem mensalmente da linha de produção da Toyota. Se considerarmos o tipo de carroceria, pintura, câmbio, motor, etc, conclui-se que raramente veremos carros idênticos. O interessante é que ela não recebe uma solicitação de produção de cada vez, mas sim, muitos pedidos chegando diariamente ao mesmo tempo. É necessário planejar antes de produzir e para isso a Toyota utiliza o Heijunka, termo em japonês que significa programação nivelada. Um exemplo retirado do livro de Ohno – “O Sistema Toyota de Produção” apresenta uma explicação básica para o termo: imaginemos a produção de 10.000 carros trabalhando 20 dias por mês. Suponha que isso seja escalonado em 5000 sedans, 2500 hardtops e 2500 camionetes– isso significa que 250 sedans, 125 hardtops e 125 camionetes são feitos diariamente. Na linha de produção eles entram da seguinte forma: um sedan, um hardtop, depois um sedan, uma camionete e assim por diante. Entende-se que dessa maneira o tamanho do lote e a flutuação podem ser minimizados de forma a ter a melhor sequência na produção Just-in-time. Quando Taiichi Ohno descreve o Kanban como um nervo autonômico, ele quer enfatizar a importância desse método para que a empresa responda rapidamente as expectativas do mercado sem ter de “pensar”. Conclui-se que quanto maior uma empresa, melhores “reflexos” ela precisa ter para garantir sua sobrevivência.

Mas como adaptar o uso do Kanban à Lean TI? Como você já deve saber, o método Kanban em TI foi adotado primeiramente por David J. Andersone tem de ser adaptado a realidade de cada empresa. Por exemplo, as colunas que surgiram inicialmente “to do”, “doing” e “done” podem ser modificadas para “in progress”, “tested”, “accepted”, “blocking” e assim por diante de acordo com a necessidade dos usuários da organização. Existem bons artigos de Kenji Hiranabe sobre o assunto (“Kanban Applied to Software Development from Agile to Lean” e “Visualizing Agile Projetcs using Kanban Boards”), além de exemplos no capítulo 5 do livro de Steven Bell (TI Lean- Capacitando e Sustentando sua Transformação Lean). Gostaria de destacar nesse artigo, não um método para sua utilização, mas, um exemplo com algumas adaptações em TI, sem que perca seus princípios, desde a fase Heijunka até a distribuição das atividades aos desenvolvedores. Dividiremos os cartões Kanban em dois tipos: o de produção e o de desenvolvimento. Cada Kanban deve ter instruções sintetizadas do que precisa ser feito, de quem está vindo e para quem deve ser enviado, além de outras características que podem ser adicionadas conforme sua necessidade. A figura 3 ilustra algumas possíveis características que podem ser usadas no cartão Kanban de produção e de desenvolvimento.


Características que podem ser usadas em um Kanban de produção e um Kanban de desenvolvimento
Figura 3. Características que podem ser usadas em um Kanban de produção e um Kanban de desenvolvimento.

Quando uma exigência do mercado é identificada pela organização o primeiro passo é nivelar esse requisito mediante o Backlog que uma empresa ou equipe possui. O Heijunka deve ser feito levando em consideração o Hoshin da companhia somado à expectativa do cliente. Dessa maneira os colaboradores estarão desenvolvendo a tarefa correta perante as “regras” definidas pela alta administração e os Product Owners (P.O. - responsáveis pelos projetos – voz do cliente dentro da empresa). A figura 4 apresenta um exemplo da melhor sequência das atividades, após o nivelamento, originadas do Backlog (de acordo com o cliente e o Hoshin da empresa).


Melhor sequência das atividades representadas por cartões Kanban de produção
Figura 4. Melhor sequência das atividades representadas por cartões Kanban de produção.

É necessário entender inicialmente que de acordo com o requisito descrito em um cartão (Kanban de produção) poderão ser originadas várias atividades sendo representadas por outros cartões (Kanban de desenvolvimento) e distribuídas para um ou mais colaboradores. Suponhamos que chegou a vez de desenvolver um template de e-mail marketing identificado por um cartão Kanban. Descrevendo de forma simples serão envolvidos na tarefa: o P.O. responsável pela aprovação e entrega, um Web Designer para criar as imagens e a disposição dos elementos no e-mail, um redator para escrever o texto e um programador para desenvolver o HTML e efetuar o disparo. A segunda metade da figura 4 apresenta os Kanbans de desenvolvimento e como você pode ter notado eles não estão nivelados. Quando falamos em nivelamento significa ter cada colaborador desenvolvendo a tarefa no momento certo, por exemplo, o programador só criará o HTML depois que todas as imagens e a disposição dos elementos estiverem concluídos pelo Web Designer, antes disso ele estará realizando outra atividade. Ao finalizar uma tarefa o responsável deve seguir as ordens do Kanban e enviar o resultado para o próximo colaborador descrito no cartão. Não explicarei como organizar os Kanbans de desenvolvimento, pois isso levaria a escrever um método o qual deveria levar em consideração a quantidade de recursos, suas características e o tempo disponível dos colaboradores da empresa. Conforme descrito anteriormente, há vários bons artigos relacionados a esse tema os quais devem ser adaptados à realidade de cada organização.

As aplicações do Kanban em TI surgem em função do desejo das empresas em melhorarem seus processos de desenvolvimento. Durante as aplicações deve-se tomar cuidado para que não se perca nenhum dos princípios desse método tão poderoso. Se utilizado de forma incorreta o Kanban pode deixar o desenvolvimento sem agilidade, pois o time gastará tempos consideráveis procurando e tentando entender o que fazer com cada um dos cartões, gerando desperdícios. Além disso, a organização deve utilizá-lo somente depois de fazer o Heijunka, caso contrário, não haverá certeza de que estará desenvolvendo a funcionalidade correta, no instante correto, em relação às demais tarefas. O método de operação Kanban é bastante eficaz, pois com ele a Toyota controla a montagem de automóveis formados em média por 9000 itens cada. Nossa função é, antes de utilizá-lo, saber exatamente o que fazer com ele.

Bibliografia
- Ohno, T. (1997), O Sistema Toyota de Produção por Taiichi Ohno. Porto Alegre: bookman
- Morgan, J. M. e Liker, J. K. (2008), Sistema Toyota de Desenvolvimento de Produto (p. 322). São Paulo: bookman
- Kanban Applied to Software Development from Agile to Lean - Kenji HIRANABE - acesso em: 05/08/2013
- Visualizing Agile Projetcs using Kanban Boards - Kenji HIRANABE - acesso em: 05/08/2013


Data da publicação: 25/09/2013

  • Rodrigo Aquino      
    LEAN IT

    Professor do MBA, Pós-graduação e banca examinadora na FGV, incluindo as disciplinas de Transformação Digital, Inovação, Planejamento Estratégico, além de Estruturas e Processos Organizacionais, +27 anos de experiência atuando em projetos nacionais e internacionais com foco em mapeamento, inovação e melhoria de processos. MBA Engenharia de Software pela USP e Bacharel em Ciência da Computação pela PUC-SP. Responsável pela revisão técnica do primeiro livro de Lean IT lançado no Brasil, revisor dos termos de TI do livro Liderar com Respeito, autor do livro: WPage - Padronizando o desenvolvimento de Web Sites e co-autor do livro Liderança Exponencial. Experiência nas áreas de TI, saúde, office e serviços, construção, manufatura, trabalhando na melhoria de processos e transformação digital nas empresas. Co-autor do Framework Lean IT 2.0 e da ferramenta A3 Ágil. Experiência com Business Agility, Gestão de Projetos Lean e Ágil, SCRUM, OKR, Kanban, Gestão de Crise, ESG, LGPD e Lean Canvas. Trabalhou nas empresas: Petrobras, Wunderman, TOTVS, ICEC (construções metálicas), etc.

Gostou do artigo? Para receber nossos informativos clique aqui.

Treinamentos abertos

JUL 21

Certificação Lean IT (online ao vivo)

19h às 21h

São Paulo - SP

Todos os treinamentos
Certificação Lean IT
Certificação Value Stream Manager

Depoimentos

O curso é uma ótima oportunidade de refletir sobre como melhorar os meus processos, simplificando e eliminando o que não gera valor para meus clientes. Gostei bastante de conhecer o histórico dessa jornada Lean na Manufatura e na indústria de Software.

Pierre Simon
IT Services Manager
Leroy Merlin

Fizeram um reconhecimento detalhado de minha necessidade em pontos cruciais e agregaram muito conhecimento. Levaria muito mais tempo para chegar lá sem a experiência e vivência proporcionados pelos treinamentos da Lean IT. Recomendo fortemente.

Júlio Calsinski
CEO
SCIA

Fazer o curso de Certificação Lean IT foi uma das melhores escolhas que fiz para aprender mais sobre agilidade, geração de valor e foco no cliente. É um treinamento dinâmico que traz situações reais do dia a dia, além de uma excelente didática.

Adriana Borba
Coordenadora Governança
Generali Seguros

As metodologias ágeis fazem parte deste meu “novo mundo, movido a uma pitada do novo normal”... Por isso, indico sempre que procurem a solução mais adequada para se capacitar.

Camila Saraval
Analista de Educação
Bradesco

O Curso de OKR traz uma perspectiva de extrema importância nesse momento em que muitas empresas estão descobrindo e construindo suas Transformações Digitais, se mostrando uma ferramenta poderosa na influência da cultura organizacional através do desdobramento de ideais (intangível) para a direcionamento prático dos times.

Brisa Lorena
Analista de processos
Unimed BH

A certificação é excelente. Recheado de exemplos que vão fazer você olhar os processos da sua empresa sob outra ótica. Recomendado a todos que buscam otimizar processos e eliminar desperdícios.

Filipe Machado
Scrum Master
Grupo GFT

Com a implantação do OKR na Viceri tivemos ganhos significativos no desempenho da empresa. Participei do curso de OKR da Lean TI e foi esclarecedor. Recomendo a todas as empresas!!!

Marcel Pratte
CEO
Viceri

Eu achei o curso de times ágeis muito bom. De todas as iniciativas de agilidade, foi a que mais fez sentido pra mim, a que mais me pareceu trazer real benefício, pois mudava o processo de desenvolvimento, e não de administração do processo.

Rodrigo Canellas
Software Developer

One Piece Flow


Veja mais vídeos

Conheça o A3 Ágil

A3 Ágil

ESG Score

ESG Score - Software para Gestão em ESG

Gerencie seus OKRs

Software OKR

Ao continuar utilizando o site www.leanti.com.br você concorda com nosso aviso de privacidade e cookies. Saiba mais

A Empresa

  • Sobre nós
  • Sistema Toyota de Produção
  • Saiba mais sobre Lean
  • O que é Lean IT?

Receba nossos informativos

Cadastre seu e-mail e receba nossas promoções

* *

Lean IT é uma empresa associada da ABES


Contato

(11) 2528-2354

contato@leanti.com.br

Rua Funchal, 538 - Conj 24
CEP: 04551-060
São Paulo - SP
CNPJ: 22.316.429/0001-25

2012 - 2025 Copyright - Todos os direitos reservados - Aviso de Privacidade e Cookies